Mais de 60 cata-ventos coloridos, símbolos do projeto Criança Não Trabalha desenvolvido pela Prefeitura de Itapevi, foram espalhados nessa terça-feira (26) nas paredes do ginásio do CEMEB Dra. Zilda Arns Neumann, no Jardim São Carlos, para celebrar o I Encontro de Práticas de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
O evento marcou ainda o aniversário de 2 anos do projeto, realizado com sucesso em todas as escolas municipais.
Promovido de forma inédita na cidade, o Encontro contou também com a participação de autoridades, alunos, professores e representantes de outros municípios, como Jandira e Osasco, que, unindo forças com Itapevi, mais uma vez reforçaram seu compromisso em combater a exploração da mão-de-obra infantil e contribuir para o fortalecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Acompanhada do vice-prefeito Jaci Tadeu, do secretário de Educação e Cultura, Edgard José Fiusa, e do vereador Paulo Rogiério de Almeida (Prof. Paulinho), a prefeita Dra. Ruth Banholzer demonstrou seu interesse em ver as ações desenvolvidas pela administração municipal passarem a ser debatidas também por toda a sociedade. “Em apenas dois anos, nosso projeto cresceu e hoje já não pode ficar nos limites da Prefeitura. Temos de conscientizar todos à nossa volta que só teremos futuro se a educação for prioridade para as nossas crianças”, afirmou a prefeita.
Por meio da Secretaria de Educação e Cultura, a Prefeitura de Itapevi vem desenvolvendo ações sócio-educativas que possibilitem o acesso das crianças à escola. Em 2008, foi iniciado em Itapevi o projeto Criança Não Trabalha, cujo objetivo é prevenir e conscientizar a comunidade quanto ao problema da exploração da mão-de-obra infantil. Inicialmente, apenas duas escolas participavam das atividades. Em 2009, no entanto, este número subiu para 16, e, a partir deste ano, todas as 62 unidades escolares passaram a organizar atividades em sala de aula a fim de promover o debate sobre o tema.
“Este projeto é apenas 1 fruto de uma imensa árvore. Para garantir o direito à educação de uma criança, é necessário também garantir emprego aos seus pais, estrutura familiar e segurança em seu bairro. Nós, da Prefeitura, nos sentimos na obrigação de defender os direitos de nossos jovens e convocamos a todos que participem dessa causa”, comentou o vice-prefeito Jaci Tadeu.
Visivelmente emocionado, Ricardo Conceição Machado, coordenador do Criança Não Trabalha, também convocou toda a sociedade a trabalhar pela erradicação deste problema. “Quando recebi o convite para começar este projeto, confesso que senti muito medo. Hoje, vejo o quanto conseguimos fazer em tão pouco tempo. Por isso, todos nós somos responsáveis por proteger o futuro de Itapevi”, ressaltou Ricardo.
O 1° Encontro de Práticas de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil contou ainda com a presença das supervisoras de Ensino Lilian Braga e Dargery Chaluppe; do professor Paulo Aparecido, representando a equipe pedagógica da Secretaria de Educação e Cultura; da professora de Libras, Simone Aparecida Nava; do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Marcel Kraide; do presidente da Associação dos Deficientes de Itapevi (ADI), Antero Augusto Branco; e do assessor técnico para o 3° Setor, Dr. Marcos Vinicius de Oliveira.
Alunos do CEMEB Eliza de Oliveira Ribeiro compuseram um Rap alertando sobre os males da exploração da mão-de-obra infantil. Já os estudantes do CEMEB CDHU Residencial das Flores apresentaram o tema sob a forma de um pequeno teatro com a participação da platéia.
O 1° Encontro foi encerrado com a apresentação do já tradicional coral da E.M. Viver e Aprender. Acompanhados pela platéia, alunos e professores cantaram a uma só voz: “Ser criança é viver aventuras, voar nas alturas, sem tirar os pés do chão. Nós somos a esperança, esperança de um mundo melhor”.
