Mutirão contra o câncer bucal realiza mais de 1,1 mil atendimentos em Itapevi

A Prefeitura de Itapevi iniciou no sábado (13) sua participação na Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal.  A ação contou com 39 dentistas e auxiliares da rede municipal de saúde em atividades de atendimento e diagnóstico em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) do município.

Só na data de lançamento, foram realizados 1.128 atendimentos odontológicos no município com foco no problema, segundo a Secretaria de Saúde e Bem Estar. Ao todo, foram levantados 14 casos suspeitos – dentre eles, um paciente teve câncer bucal confirmado.

“As amostras coletadas serão encaminhadas para biópsia no Departamento de Patologia da Universidade de São Paulo e o resultado é devolvido para a Secretaria de Saúde o mais rápido possível. Caso seja confirmada a suspeita, o tratamento é iniciado imediatamente”, explicou o coordenador de Saúde Bucal do município, Ricardo Vick.

A Secretaria de Saúde e Bem Estar disponibiliza uma equipe de multiprofissionais composta por psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas para auxiliar pacientes nos casos mais graves de câncer bucal. “Precisamos assegurar que o paciente seja bem atendido”, diz Vick.

Em 2016, a campanha de combate à doença aconteceu somente no mês de maio. Neste ano, porém, ela será permanente em todo o município. 

“É a primeira vez que estamos formatando e ampliando desta forma. Antes era uma ação pontual, mas agora a ação será realizada em todas as unidades. Promoveremos uma campanha com dimensões nunca feita antes na cidade”, garante Vick. Os dentistas da rede municipal realizam cerca de 4 mil atendimentos mensais.

Com a campanha permanente, os profissionais receberam orientação específica para fazer, além do diagnóstico padrão, exame complementar focado na descoberta de lesões bucais como o câncer. “Caso a doença não seja diagnosticada em até 6 meses, pode-se levar à morte e o paciente pode perder a língua, mandíbula e até mesmo a possibilidade de mastigar e alimentar-se autonomamente”, afirma o especialista.

Itapevi tem hoje oito moradores em tratamento de câncer bucal, segundo o especialista. Em 2017, o município já teve duas mortes por câncer bucal.

“São tratamentos que dependem de rádio e quimioterapia e cada um custa, em média, de R$ 100 mil a R$ 150 mil por paciente. Por isso, tratamos o assunto com muita seriedade”, explicou. O tratamento de câncer bucal demora, em média, de três meses a 1 ano, dependendo da complexidade do caso.

“A falta de assistência odontológica aumenta o índice de mortalidade quando o câncer bucal descoberto tardiamente”, diz Vick. Trata-se de um câncer extremamente agressivo que pode levar o indivíduo a morte em 6 meses se não for diagnosticado a tempo.

Alguns fatores de riscos que aumentam o risco de câncer bucal são: tabagismo, consumo de álcool e exposição demasiada ao sol.

Nova Formação

A Secretaria de Saúde e Bem Estar promove, no dia 29 de maio, das 8h às 12h, a formação de 25 dentistas e 15 auxiliares no auditório da Secretaria de Educação e Cultura com o objetivo de especializar ainda mais os profissionais para o diagnóstico precoce do câncer bucal. A palestra será ministrada pelo dentista especializado em lesões bucais e câncer na cidade, Luciano Castellon, também responsável pela triagem de todos os casos suspeitos de câncer no município.

Para saber mais sobre a Campanha e esclarecer dúvidas, o e-mail para contato é [email protected].

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