“Como um novo ‘filho de Itapevi’ eu me comprometo a trabalhar muito por essa cidade”

Quinzinho1Café com personalidade

Fonte-Jornal Alternativa edição – 301- 06-03-2010

Diretor Alex Deive/ fotos Nilton Ramos

Ele tem 49 anos, 27 deles dedicados à vida pública. Foi verereador por quatro vezes de uma das maiores cidades da região, e presidente da Câmara Municipal por cinco anos. Se elegeu prefeito em 2000 em um campanha que disputava com as maiores forças políticas e financeiras de sua cidade.

Não só venceu como também foi reeleito e nas eleições de 2008 foi o único prefeito da região a eleger seu sucessor. Estamos falando da personalidade política de Joaquim Pedroso, o Quinzinho, uma inegável liderança na cidade de Cotia, que neste café descontraído falou sobre suas principais obras à frente do município e de como conseguiu mudar a realidade da cidade. Lembrando que nas próximas semanas Quinzinho será agraciado com uma justa homenagem na Câmara Municipal de Itapevi, que lhe concederá o título de Cidadão Itapeviense.

FRASE DE DESTAQUE

“Esse título de cidadão itapeviense me atribui uma responsabilidade muito maior com Itapevi. Agradeço muito o carinho dos vereadores que me atribuíram esse gesto. Hoje como um novo filho de Itapevi eu me comprometo a trabalhar muito por essa cidade, não serei um filho que vira as costas”

 Quinzinho2Conte um poco sobre sua vida e trajetória no início da vida pública.

Eu nasci em São Roque, em 4 de novembro de 1960. Mas nós morávamos e Cotia, só que aqui não tinha maternidade. Iniciei os meus primeiros passos na escola pública e depois fiz o colegial em São Paulo. Comecei o curso de medicina, cursei até o terceiro ano. Fazia curso integral e meu cunhado na época, o filho do então prefeito Ivo Mauro Pires, me chamou e disse: – olha existe uma defasagem muito grande. Não há um trabalho com a juventude em Cotia. Porque você não se candidata a vereador para realizar um trabalho nesse sentido? Eu respondi que não tinha tempo, pois estudava em período integral. Mas pensei bem e acabei aceitando. Vinha para Cotia aos sábados para começar a fazer um trabalho com a comunidade. Vinha de tarde e depois voltava para Santo André, onde estudava. Essa foi minha campanha. Fui eleito o vereador mais bem votado naquela época, aos 22 anos de idade.

Você também foi presidente da câmara muito jovem, como foi isso?

Era um dos vereadores mais jovens e tive a sorte de me eleger presidente da Câmara Municipal. Na época eu concorri à presidencia com um promotor público que morava aqui na cidade e eu ganhei de 12 a 2 dele. Então ser jovem não é sinal de iresponsabilidade. Eu tranquei a matrícula na faculdade porque eu queria mostrar que não era um moleque que estava assumindo a Câmara, mas um homem de verdade. E aí começou minha vida na política. Depois fui vereador por mais quatro mandatos, todos eles eleito como o vereador mais votado e tive a honra de ocupar a presidência da Câmara por cinco anos.

Depois disso você encarou a candidatura a prefeito?

Sim. Disputei a eleição com um prefeito que já tinha dois mandatos, como todo o poder político e econômico ao lado dele. Tive seis vereadores e toda uma sociedade ao meu lado, em uma campanha muito bonita e muito responsável. Eu não tinha como comparar minha campanha com a do prefeito na época. Não tinha fornecedor ou investidor que quizesse apostar em um simples vereador. Então nós ganhamos na rua, na avenida, com garra. Ganhamos a prefeitura com propostas.

Como você assumiu a prefeitura, quais foram os principais desafios?

A cidade viveu dois momentos. Antes e depois dos meus oito anos de mandato. Assumi a prefeitura com uma receita de R$ 120 mi e com uma dívida de R$ 90 milhões de precatórios, fornecedores, aluguéis, desapropriações não pagas. Meu antecessor me deixou com quatro mil reais para pagar uma folha de 40 mil funcionários. Mas nos organizamos financeiramente e administrativamente para começarmos a trabalhar. Uma das principais mudanças foi na área da educação. As escolas estavam arruinadas, não tinha uma merenda adequada.  Eu consegui melhorar a merenda, melhorar as escolas, dar uniforme e material escolar, melhorar o salário dos professores e implantei o transporte escolar gratuito, que pega as crianças na escola. Com essas ações eu diminui muito a evasão escolar.

E na área da saúde e social?

Na área social tivemos muitos projetos, com a participação direta da minha vice-prefeita, aliás quero aproveitar para parabenizar a todas as mulheres pelo 8 de março, essa data tão importante que representa uma história de luta por igualdade. Mas voltando ao assunto, nós reestruturamos a área da Saúde. Nós tínhamos um hospital aqui em Cotia que não era estadual, não era federal nem municipal. Era uma associação sem fins lucrativos que existia há 30 anos mas com um rombo financeiro enorme. E nós sofremos muito por não ter um deputado que nos ajudasse. Então eu assumi sozinho os custos durante 2005 e 2006, e depois o governo veio e assumiu. Nós entregamos um hospital sadio ao governador. Agora economizamos mais na saúde e podemos investir em melhorias.

O Sr. teve uma grande dor de cabeça com a oposição. Isso te prejudicou e as pessoas comentavam que era perseguição. Como o Sr. vê isso?

Foi perseguição política, mas isso é uma coisa do passado. Hoje eu só tenho a agradecer aos amigos do PT que estão inclusive nas prefeituras da região, como o Emidio, a Ruth e vários deputados e vereadores. Eu vou me reservar o direito de não cometar o ocorrido porque pode até incomodar gente que hoje virou amigo. Consegui comprovar que não havia nada de errado, que era briga política porque eu sempre ganhei do PT aqui em Cotia. Mas isso são águas passadas. Nosso partido inclusive apóia a candidatura da Dilma. O PDT vai trabalhar para eleger a Dilma em apoio ao governo federal.

E a sua candidatura este ano? Você pretende se candidatar a deputado estadual?

Ainda não é o momento de falarmos das eleições, porém, eu deixei meu nome à disposição do partido e manifestei meu interesse em me candidatar. Posso dizer que sou um pré-candidato à estadual, mas isso só será definido pelo partido.

E se seu nome for aprovado, quais seriam as suas propostas de ação?

A experiência administradiva de vida pública me permite dizer que seria um deputado atuante, que trabalharia aliado com os prefeitos. Um deputado precisa ouvir os prefeitos, ouvir e respeitar a população da cidade. Se for aprovado meu nome estarei na disputa.

Ping pong

Deus – Sou temente a ele

Família – A base de tudo

Política – Essencial, a política é tudo

Saúde – Temos que preservá-la

Futuro – A deus pertence

Filhos – A maior paixão da minha vida

Quinzinho Pedroso – Um homem de raça

Uma consideração aos nossos leitores – Quero agradecer desde o primeiro voto que eu tive no início da minha vida pública até hoje com a eleição do meu sucessor. Com muita humildade vou tentar continuar a fazer o meu trabalho como sempre fiz. Um homem não é obrigado a dar sua palavra, mas assim que der tem que cumprir.

 

 

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