Caminhada finaliza Semana de Luta Antimanicomial em Itapevi

Na manhã do dia 18, dezenas de pessoas participaram da Caminhada Comemorativa do Dia da Luta Antimanicomial. A ação realizada pela Secretaria da Saúde percorreu as principais vias da cidade, desde o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS i Infanto Juvenil) Ciranda, passando por prédios públicos como a Prefeitura, Secretaria da Saúde e Paço Municipal – até chegar a praça 18 de Fevereiro.

A Luta Antimanicomial na cidade também contou com exposições de artigos produzidos pelos usuários dos CAPS II “Espaço Conviver”, CAPS i Infanto-Juvenil “Ciranda” (direcionado para crianças e adolescentes) e AD “Reconstruir” (desenvolvido para pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas).

Os objetos de expressão artística fazem parte da terapêutica psicossocial, e estiveram em exposição no saguão do prédio da Prefeitura, P.S. Dr. Cardoso, P.S. Amador Bueno, UBS III Cohab e UBS Jd. da Rainha.

“O evento marca a importância do olhar para a atenção psicossocial como modelo eficiente no acolhimento e tratamento humanizado em saúde mental, para que a população que necessita desses serviços, tenha disponível a possibilidade de reorganização de sua vida e possa permanecer em convívio familiar e social. Para isso que os CAPS existem e possuem equipes preparadas e em constante desenvolvimento, para prestar o atendimento”, disse o coordenador de Saúde Mental, Luiz Naporano, durante o encerramento do ato na cidade.

História

A Luta Antimanicomial iniciou há cerca de 30 anos, quando um grupo de profissionais da saúde, indignados com o tratamento desumano praticado em hospitais psiquiátricos, questionou o modelo de atenção vigente que era baseado quase que exclusivamente em uma terapêutica medicamentosa.

Os CAPS nasceram como proposta de atendimento multiprofissional, que envolve atendimentos clínicos específicos, grupos de expressão, diversas atividades de expressão artística, esportivas e educativas, realizadas na unidade de saúde ou em parceria com outras secretarias, e que buscam a reinserção do usuário do serviço no convívio familiar e social, reduzindo a necessidade de internação a um dispositivo pontual e não mais como, finalidade e terapêutica única. 

As unidades oferecem atendimento multiprofissional para portadores de transtorno mental grave e severo. Os servidores recebem, acolhem, avaliam e propõem um projeto terapêutico individualizado a cada necessidade, que poderá contemplar cuidados intensivos (diários), semi-intensivos (alguns dias da semana) ou não intensivos (alguns dias do mês).

 

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