Vereador diz que redução no valor de pedágio é ‘pegadinha’

Fonte-Cruzeiro On Line

crespo_150 Diminuir ImprimirEnviar por e-mailO vereador José Crespo (DEM), da Câmara de Sorocaba (SP), contestou nesta sexta-feira (15) a informação divulgada pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) sobre a redução no valor do pedágio cobrado na rodovia Castelo Branco. Em nota distribuída esta semana, a agência informou ter havido redução de 57% no valor da tarifa cobrada no pedágio de quem chega a São Paulo pela rodovia. A partir da zero hora de domingo, a tarifa cobrada nas marginais cairá de R$ 6,50 para R$ 2,80, enquanto a tarifa cobrada no pedágio de Itapevi passará de R$ 11,20 para R$ 5,60.

De acordo com o vereador, a redução é, na verdade, uma “pegadinha”, pois quem vai do interior para a capital continuará pagando o mesmo valor. “A tarifa de Itapevi foi reduzida, mas o motorista passará a pagar R$ 2,80 nos novos pedágios instalados na via expressa, tanto na ida quanto na volta, ou seja, em vez de pagar um, ele pagará três pedágios.” De acordo com Crespo, quem vai de Sorocaba para São Paulo continuará pagando os R$ 23,00 cobrados atualmente. “Não houve redução alguma.” A redução no valor do pedágio das vias marginais será amplamente compensada com a cobrança nas praças novas, da via expressa. “Os usuários da região de Alphaville e Jandira, que não pagavam, passarão a pagar.”

Ex-deputado estadual, Crespo lembra que, nos primeiros tempos do governo Mário Covas, quando o Programa de Concessão das Rodovias ainda estava sendo gestado e formatado, uma das primeiras e importantes definições foi o valor da tarifa. “Todos os técnicos do governo e das empresas interessadas chegaram à conclusão de que o valor máximo deveria ser 4 centavos de dólar por quilômetro – o que hoje significaria 6,8 centavos de real.” Passados 11 anos, o usuário já está pagando 12,1 centavos de real por quilômetro – ou seja, quase que já duplicamos aquele máximo de 6,8 centavos, segundo ele. O vereador criou um blog (www.crespo.org.br) para discutir as concessões. Uma das questões é o descumprimento de cláusulas previstas nos contratos originais.

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