Família Apaeana de Itapevi-SP
“Em busca de Igualdade. Estamos Aqui”
Confira as fotos por Nilton Ramos
As pessoas com deficiência intelectual mudaram, porque o mundo e as relações sociais mudaram. Atualmente, elas vêm ocupando espaços e adquirindo representações dentro dos mais variados segmentos. Definitivamente, elas estão entre nós!
A desigualdade sem dúvida é uma das nossas piores heranças culturais. Porém, das antigas palavras que voltam a ganhar significado na vida pública está o poder da igualdade como perspectiva de transformação da humanidade.
Em todo o Brasil, as Apaes comemoram a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Desde sua criação, em 1964, o período entre os dias 21 a 28 de agosto marca a principal atividade do calendário de eventos da Federação Nacional das Apaes. A partir do tema Em busca da igualdade. Estamos aqui! o movimento apaeano propõe debater um assunto que se relaciona à garantia de direitos e inclusão social.
O nosso movimento sempre assumiu a vanguarda quando o assunto é a defesa da qualidade de vida das pessoas com deficiência. Por isso, a capacidade da Apae mobilizar a sua comunidade em torno dos ideais da Semana reflete a maturidade com que reconhecemos os potenciais dos nossos alunos e defendemos os seus direitos a uma vida livre e mais autônoma, do nascimento à velhice.
HUMANIDADE E IGUALDADE
O conceito de invisibilidade social tem sido aplicado aos grupos sujeitos à indiferença e ao preconceito. É o que acontece, por exemplo, quando um aluno com deficiência é ignorado de tal forma que passa a ser apenas mais um objeto na sala de aula. Essa reação provoca sentimentos de desprezo e humilhação em indivíduos que com ela convivem. Afinal, o ser humano necessita ser valorizado e reconhecido no desempenho de seu papel social.
Não há nada mais ultrapassado que o preconceito que considera a pessoa com deficiência um indivíduo desprovido de vontade própria. Do mesmo modo, nada é mais atual que a valorização dos seus direitos humanos. As pessoas com deficiência são titulares de todo o conjunto de direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais consagrados na Carta Internacional de Direitos Humanos, em igualdade com todas as outras pessoas.
No Brasil, a aproximação aos direitos humanos sob o enfoque da deficiência avançou a partir da ratificação da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoa com Deficiência, em 2008. Nela, reconhece-se a deficiência como um conceito em evolução que resulta da interação entre o indivíduo e as barreiras que impedem sua efetiva participação. Assim, o fato de uma pessoa possuir uma limitação não significa que ela esteja estagnada no seu processo de desenvolvimento. Cabe à todos nós oferecer os apoios necessários que levem as pessoas com deficiência superar suas dificuldades e desenvolver habilidades.
A Convenção propõe um novo olhar em relação a essa problemática, promovendo ações complementares que forneçam as motivações para a pessoa com deficiência avance de maneira mais autônoma e independente. Levantamento do Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, demonstra que as pessoas com deficiência ganham em média 100 reais a menos que o conjunto dos ocupados. Já a proporção dos brasileiros que nunca frequentaram a escola é 32% maior entre os deficientes.
Confira as fotos por Nilton Ramos!!!
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