Preso mais um suspeito de matar o prefeito de Jandira, Braz Paschoalin

Braz1Anderson Muniz, o Ganso, que trabalhava na prefeitura da cidade foi detido em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo. Polícia ainda busca um suspeito de participar do crime que continua foragido

A policia prendeu nesta quarta-feira, dia 29, um dos principais suspeitos do assassinato do prefeito de Jandira Braz Paschoalin. Anderson Muniz, conhecido como Ganso, foi detido na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, a 351 quilômetros de São Paulo. De acordo com a polícia de Jandira, Ganso é o elo entre os políticos envolvidos no crime e os autores.

Ainda segundo a polícia, Ganso não saía de casa, porém o setor de inteligência passou a desconfiar que o suspeito estava na cidade porque algumas correspondências de Jandira começaram a ser entregues na casa da irmã. Ganso, que já foi candidato a vereador, trabalhava na prefeitura da cidade e estava foragido desde fevereiro, quando teve a prisão preventiva decretada.

De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, Braz foi morto porque havia demitido o secretário de Governo, Sérgio Paraízo, e estava se desentendendo com o secretário da Habitação, Wanderley Lemes de Aquino, que também ia ser demitido do cargo.

Ainda, segundo a denúncia do MP, havia vários esquemas de corrupção na Prefeitura envolvendo desvios de dinheiro público, licitações fraudulentas, superfaturamento e nomeação de funcionários fantasmas. Para assumir o controle desses esquemas na Prefeitura, Wanderley Aquino e Sérgio Paraízo e Anderson Muniz, tramaram a morte do prefeito Braz e contrataram Adilson Alves de Souza (o Alemão ou Dilsinho), Lázaro Teodoro Faustino (o Lazinho), Lauro de Souza (o Negão) e o ex-policial militar Robson da Silva (o Lobo) para executarem o crime.

Com a prisão de Ganso, a policia busca pista da localização de Lobo, o último suspeito de participar do crime e que ainda continua foragido.

Até o fechamento desta edição, o delegado responsável pelo caso, Zacarias Katzer Tadros, aguardava a chegada do preso que estava sendo transferido para a delegacia de Jandira. Mais informações sobre o caso na edição de amanhã.

O crime

Braz Paschoalin foi fuzilado na manhã de 10 de dezembro de 2010. No momento do crime, que teria sido negociado por R$ 600 mil e motivado por disputa de poder dentro da prefeitura, a vítima não utilizava um carro blindado que naquele dia amanheceu com um pneu furado. Braz saiu de casa no veículo do motorista, que também foi baleado, quando ambos chegavam a uma emissora de rádio onde Braz participaria do programa “Bom Dia Prefeito”. Sete pessoas foram denunciadas pelo crime.

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