“Vergonha” Uniforme escolar causa polêmica em Barueri

Furlan-7020051Denúncia de emissora sobre estudantes proibidos de assistir às aulas por falta de uniforme dividiu opiniões na Câmara Municipal.

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Uma reportagem veiculada na semana passada pelo SBT provocou polêmica entre os vereadores de Barueri, durante a sessão ordinária da última terça-feira, dia 22 de fevereiro. Segundo a matéria, os alunos da rede municipal de ensino são obrigados a usar uniformes escolares para assistirem às aulas. O problema é que as famílias de baixa renda não têm condições para comprar o kit com camiseta, shorts, calça e blusa, que custa cerca de R$ 55.

O tema foi levantado pelo vereador professor Agnério Neri (PT), que utilizou a tribuna da Casa para tornar pública sua indignação, diante da denúncia. O petista leu dois comunicados, emitidos por escolas da rede, advertindo os pais sobre as consequências da não utilização da vestimenta. “Comunicamos que, de acordo com as normas da escola, ditas em reunião, a partir de 14/02, os alunos deverão estar uniformizados, evitando o constrangimento de voltar para casa”, dizia o texto. Segundo ele, algumas mães chegaram a procurá-lo, preocupadas com o aviso.

Agnério ainda alegou que não é contra o uso de uniforme e defendeu a prática: “é mais bonito, mas higiênico e mais organizado”. Mas, fez uma ressalva. “A pessoa vale mais que o uniforme”, argumentou o educador, enfatizando que as crianças e adolescentes, por estarem em fase de formação, não podem ser submetidos ao constrangimento de voltar para suas casas pela ausência do item.

O vereador Antonio Carlos Marques (PDT) concordou com o colega ao classificar essa atitude como absurda. “Ao mandar o aluno embora, estou colocando aquela criança na rua, sem dar a ela oportunidade”, argumentou o parlamentar.

Já Sebastião Carlos do Nascimento (DEM), o Carlinhos do Açougue, colocou em dúvida a seriedade da matéria veiculada pela emissora. “Talvez isso tenha sido para ganhar ibope em cima da nossa cidade, mas eu discordo dessa ideia”, indignou-se, acrescentando que o prefeito de Barueri é um homem preocupado com a educação dos munícipes. “Ele jamais deixaria um aluno fora da escola, pois tem construído escolas nos quatro cantos de Barueri”. Apesar disso, o democrata confessou que também foi procurado por mães que não tinham condições de comprar as peças e o próprio material escolar para seus filhos.

Na mesma linha, Marcos Schuller (PSB) defendeu a administração municipal. “A exceção não pode ser maior do que a regra. Barueri cuida e investe na educação com muita seriedade”, declarou o socialista, acrescentando que a imprensa não divulga as conquistas e os avanços conquistados nessa área. “A educação no município é vista no Estado de São Paulo como uma das melhores”, concluiu.

O peemedebista Jânio Gonçalves, por sua vez, assegurou que as crianças não deixaram de frequentar as aulas. “O município nunca proibiu esse ou aquele”, frisou.

Em entrevista à equipe da emissora, o prefeito Rubens Furlan (PMDB) revelou que a administração distribui gratuitamente os uniformes aos alunos da rede. Porém, o chefe do Executivo admitiu que podem ocorrer alguns atrasos na entrega desse material. A prefeitura ainda informou que apenas orienta as escolas a incentivar o uso do uniforme e que não há nenhum tipo de proibição ou restrição à entrada dos estudantes.

Contas

Na sessão de terça-feira, os parlamentares ainda aprovaram a prestação de contas do mandato do prefeito Rubens Furlan, que já havia recebido um parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A matéria foi aprovada com doze votos favoráveis. Houve uma ausência, do vereador Miguel de Lima, e uma abstenção, do vereador Agnério Néri.

Antes de ser apreciado pelos parlamentares, o projeto passou pela Comissão de Finanças e Orçamento, que também emitiu relatório favorável à aprovação, justificada pelo fato do Legislativo ter recebido toda a documentação necessária do Executivo.

 

Reportagem e Vídeo do SBT

Fonte Web Diario

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