Vereador entrega ao Ministério Público 278 contratos da prefeitura

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Zezinho-PTO vereador de Reginaldo Camilo dos Santos (PT), conhecido como Zezinho, entregou ao Ministério Público, na última quinta-feira, cópias de 278 contratos, assinados por Braz Paschoalin (PSDB), assassinado no último dia 10 de dezembro, com onze tiros.

Segundo o parlamentar, os documentos podem comprovar desmandos administrativos, como supersalários, licitações fraudulentas e peculato, além de outras denúncias, envolvendo gestão do prefeito morto, como a existência de funcionários fantasmas e pagamento de propina.

Em depoimento formal aos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga corrupção, Zezinho apontou irregularidades em negócios da prefeitura dos últimos dois anos.

Entre os papéis que repassou à promotoria, está uma planilha com dados sobre aquisição de luvas cirúrgicas, seringas e agulhas descartáveis, pela Secretaria Municipal da Saúde. A pasta foi dirigida pela médica e atual prefeita Anabel Sabatine (PSDB), no início de 2008. Mas, na época, ela deixou o posto e rompeu com o prefeito após constatar irregularidades no total de R$ 1,5 milhão, envolvendo a secretaria.

Os documentos em poder da promotoria indicam a compra de materiais a um preço superior ao de mercado. Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal O Estado de São Paulo apontou que uma seringa de 5ml era comprada pela administração municipal por R$ 1,83, sendo que o mesmo produto pode ser encontrado por R$ 0,22. A lista de itens superfaturados inclui também equipamentos como atadura de algodão ortopédico (que custou R$ 7,23 e no mercado é cotada a R$ 4,40), luvas de látex tamanho médio e filme radiológico.

Entre as denúncias apresentadas pelo vereador Zezinho, ainda está o pagamento de propina a um secretário, que teria facilitado a contratação de uma empresa para efetuar reformas no espaço público. Ele teria recebido R$ 56 mil em cheque pelo esquema.

O Ministério Público afirmou ao jornal Estado de São Paulo que vai requerer quebra do sigilo bancário e fiscal de todos os secretários municipais citados. (Informações do jornal O Estado de São Paulo).

Fonte-WebDiario

Foto-Nilton Ramos

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