Morre aos 94 anos, Raul Leonardo, o Último Remanescente da Comissão e Emancipação de Itapevi.

O emancipador Raul Leonardo é conhecido por ser um dos homens que mais acreditou no potencial do antigo vilarejo de Itapevi, pertencente ao município de Cotia.

Graças ao empenho de Raul Leonardo, juntamente com outros moradores do final da década de 1950, Itapevi deixou de ser o vilarejo de Cotia, para se tornar município. Sempre homenageado durante as sessões solene de aniversário da cidade de Itapevi na Câmara Municipal, Raul lembrava-nos das dificuldades vividas há seis décadas, e de todo o trabalho realizado para conquistar a emancipação da cidade. “Estou aqui novamente, vendo a cidade completar mais um ano, a cidade que ajudei a emancipar é linda. Itapevi se tornou um município grande pelo fator migratório e é uma honra estar aqui participando dessa grande festa ao lado dos prefeitos que trouxeram tantas indústrias pra cá”, ressaltava-o todas às vezes.

“Em entrevista ao Itapevi Noticias, Raul disse que a emancipação de Itapevi foi resultado de um trabalho em grupo.” De todo o eleitorado, 972 pessoas votaram favoráveis à emancipação, enquanto que apenas 30 se opuseram. Mas, foi em virtude do trabalho que realizamos que isto ocorreu. Eu, particularmente, saia do serviço e ia visitar casa a casa, junto com um amigo. “Falávamos da importância de Itapevi ter a sua independência econômica, política e judiciária”. Naquela época, Raul já tinha consciência de que o vilarejo tinha potencial de se tornar grande, com a marca do progresso e do desenvolvimento.

Além do emancipador, Raul também foi tenente do Exército, compositor e músico, e possuía centenas de músicas sertanejas sendo tocadas em todo o Brasil, mas a meta dele era atingir 200 músicas gravadas.

SONHO – “Meu desejo para Itapevi é que se desenvolva ainda mais, sempre, é claro, pensando na qualidade de vida dos moradores. Mas, além disso, gostaria de ver o prédio da prefeitura transformado em Museu, logo após a mudança dos serviços públicos para um espaço mais amplo e adequado”. O emancipador defende a implantação do museu no atual Paço Municipal por se tratar de um dos imóveis mais antigos da cidade.

Velório.

O corpo seria velado na Câmara Municipal, mas por questão de segurança devido a covid 19 será levado direto para o cemitério da cidade.

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