Atendimento domiciliar de saúde é mantido em Itapevi

“Sem a presença desses anjos, a vida da minha filha e da minha família seriam muito mais difíceis”. A frase é de Silmara Costa Santos, 38, moradora do Jardim Rosemary e mãe de Lauane Bispo dos Santos Reis, 6, que possui paralisia cerebral decorrente de toxoplasmose congênita. Silmara é uma das centenas de pacientes que é atendida pelo programa Melhor em Casa que é gerenciado pela Secretaria de Saúde e Bem Estar de Itapevi.

A equipe realiza o atendimento domiciliar de idosos, moradores com doenças neurológicas, crianças com síndromes raras entre outras, oferecendo suporte aos pacientes e orientação quanto aos curativos, cuidados necessários para recuperação, coletas de exames, troca e retirada de sonda entre outros procedimentos necessários.

O serviço conta com duas equipes compostas por três médicos, um fisioterapeuta, uma fonoaudióloga, um assistente social, duas enfermeiras e seis técnicas de enfermagem para atender 260 pacientes crônicos e/ou acamados no município.

Neste ano, já foram feitos 500 atendimentos domiciliares. A equipe de atendimento do programa “Melhor em Casa” foi implementada nesta gestão completando a equipe de profissionais, proporcionando o aumento de atendimentos.

O serviço têm como objetivo reduzir a demanda do atendimento hospitalar e a permanência de usuários internados. “Buscamos a humanização da atenção à saúde e prevenindo novas complicações e possíveis internações dos pacientes, bem como proporcionar o seu convívio familiar”, informa a médica Mariângela Romeiro de Andrade, coordenadora da atenção básica de Itapevi e responsável pelo programa.                      

“A importância desse programa é de além de proporcionar assistência ao paciente, levar à família a possibilidade de acolhimento com o suporte de toda a equipe, em ambiente familiar onde o paciente está acolhido pelos seus entes queridos,  proporcionando assim um tratamento humanizado e consequentemente uma recuperação mais rápida, que é uma das metas de governo do nosso prefeito Igor Soares”, afirma Dra. Luiza Nasi, secretária de Saúde e Bem Estar.

Como funciona o serviço

Os pacientes crônicos e acamados são avaliados por equipes médicas nas unidades de saúde e direcionados ao programa. A partir daí eles fazem parte das escalas de atendimento, de acordo com a complexidade de cada caso.

Segundo a coordenação do “Melhor em Casa”, as visitas médicas são feitas mensalmente. Já a enfermagem atua semanalmente ou de acordo com exigência do quadro clínico do paciente. Os serviços são oferecidos de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h, em todo município.

Para a médica cardiologista e geriatra, Maria Emília Denapoli, as visitas trazem grandes benefícios ao paciente. “Nossa presença é uma atuação preventiva e propicia a reabilitação, além de ampliar a autonomia de quem recebe o atendimento, da família e de seu cuidador”, declara.

Ilton Aparecido Araújo, 60, trabalha como porteiro e é morador da Vila Santa Rita, filho de Aparecida do Carmo Araújo, 83, paciente com Alzheimer e demência senil. Ele diz que a vida da mãe mudou com presença dos profissionais em cinco meses de tratamento.

“Minha mãe não se comunicava e recusava alimentação líquida e sólida. Aos poucos, com carinho, atenção e esclarecimentos que eles dão à nossa família, não apenas ela passou a ter uma melhora na qualidade de vida, assim como todos nós começamos a ver a mudança no olhar dela”, diz.

A enfermeira, Luciana Diniz, defende o potencial do programa. “O que fazemos é levar conhecimento científico para dentro dos lares e aplicar na recuperação, tratamento e melhora do quadro clínico. Isso nos motiva e impulsiona”, afirma.

Sua colega, a fonoaudióloga Fabiana Melo, também se sente honrada pelo trabalho. “Vemos que com o apoio de diversos profissionais da saúde é possível agregarmos mais qualidade de vida até mesmo em casos mais graves ou terminais. O importante é não perder a esperança e dedicar-se na evolução de cada paciente”, finaliza.

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