Anabel assume prefeitura de Jandira e faz 1ª reunião com grupo político de Braz

Anabel1A médica Anabel Sabatine (PSDB), que assumiu o comando de Jandira após o assassinato de Braz Paschoalin (PSDB), executado com 11 tiros na última sexta-feira, iniciou o mandato de prefeita em reunião com lideranças do grupo político ligado a ela.

A tucana passou a manhã inteira desta segunda-feira em encontro na sede da prefeitura, a portas fechadas, e é provável que ela tenha discutido as alterações que pretende promover na equipe de secretários, como é natural ocorrer em trocas de governo.

A assessoria da prefeitura não teve acesso ao conteúdo da reunião e não soube informar quais políticos participaram do encontro com a nova prefeita. É possível que ela realize, em breve, uma reunião apenas com os vereadores da cidade.

Novata no meio político, a médica foi nomeada secretária da Saúde pelo prefeito no início do mandato, mas rompeu politicamente com ele, poucos meses depois, quando descobriu indícios de irregularidades cometidas na Secretaria. A tucana pediu exoneração da pasta, mas permaneceu no cargo de vice-prefeita.

Agora, Anabel vai “herdar” a batalha que Braz enfrentava contra a Justiça Eleitoral, para reverter a inelegibilidade da chapa eleita. O registro de candidatura do tucano já havia sido cassado 3 vezes pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas Braz governava amparado em mandados judiciais. O motivo da inelegibilidade é a reprovação das contas do prefeito pelo Tribunal de Contas do Estado, referentes à gestão anterior dele.

 

Nova prefeita assume e secretariado coloca cargo à disposição em Jandira

 A médica Anabel Sabatine (PSDB), que assumiu o comando de Jandira após o assassinato de Braz Paschoalin (PSDB), executado com 11 tiros na última sexta-feira, “iniciou” o mandato de prefeita em reunião com o secretariado municipal e com outras lideranças do grupo político ligado a ela. Anabel passou a manhã de ontem em encontro na sede da prefeitura, a portas fechadas, e todos os secretários deixaram seus cargos à disposição.

Com isso, a tucana terá total liberdade para definir quem fica e quem sai do governo. A médica ainda não divulgou a lista dos nomes que serão alterados. Embora não tenha sido empossada oficialmente no cargo de prefeita, ela já iniciou as atividades de gestão do município e há a expectativa de que realize hoje uma reunião apenas com os vereadores da cidade.

Durante o enterro de Braz, neste sábado, Anabel afirmou que vai reforçar sua segurança pessoal e pediu empenho da polícia nas investigações, inclusive, dos outros assassinatos de políticos cometidos no município. “Peço a ajuda do secretário estadual de Segurança Pública para que ele, por favor, olhe para Jandira e procure esclarecer todos os crimes que estão acontecendo aqui”, clamou.

A tucana disse que não possui “embasamento” para afirmar se há ligação entre as mortes e classificou a execução de Braz como “uma audácia”, já que ele era a “figura máxima da cidade”. A médica afirmou que não se sentia segura, pois teve a informação de grupos que não queriam que ela assumisse o comando da cidade. “Eu vou assumir, custe o que custar e vai ser um governo honesto, doa a quem doer. Quem quiser ser honesto e ficar do meu lado, estou de braços abertos. Quem quiser tirar dinheiro de um povo honesto, pode sair”, frisou.

Sem corrupção

Na entrevista, Anabel admitiu que possuía “divergências administrativas” com Braz, mas não pessoais. Ela deixou, nas entrelinhas, a mensagem de que o governo dele não agia em conformidade com a legalidade. “Vou agir dentro da Lei, absolutamente dentro da Lei. Vou fazer um governo com transparência. O povo vai ver quanto se gasta e o que se gasta”, declarou.

Novata no meio político, a médica foi nomeada secretária da Saúde pelo prefeito no início do mandato, mas rompeu politicamente com ele, poucos meses depois, quando descobriu indícios de irregularidades cometidas na Secretaria. A tucana pediu exoneração da pasta, mas permaneceu no cargo de vice-prefeita.

Agora, Anabel vai “herdar” a batalha que Braz enfrentava contra a Justiça Eleitoral, para reverter a inelegibilidade da chapa eleita. O registro de candidatura do tucano já havia sido cassado 3 vezes pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mas Braz governava amparado em mandados judiciais. O motivo da inelegibilidade é a reprovação das contas do prefeito pelo Tribunal de Contas do Estado, referentes à gestão anterior dele.

 

Relação entre nova prefeita e Câmara continua indefinida

Apesar de ser filiada ao PSDB, Anabel estabeleceu interlocução política com setores da oposição, o que deve reconfigurar a lógica de funcionamento da atual legislatura da Câmara Municipal. Anabel chegou a participar do comício que a então presidenciável Dilma Rousseff (PT) realizou em Carapicuíba, na reta final do 2º turno. A tucana esteve ao lado das lideranças petistas da região e do cenário nacional.

Entre os vereadores, ainda não se sabe como será a relação. Veterano na Casa, o vereador Geraldo Teotônio, conhecido como Gê (PT), disse ontem ao Diário da região que ainda não tinha informações sobre a convocação de uma reunião, seja com a nova prefeita ou apenas com o presidente Wesley Teixeira (PSB). “Nós ainda não sabemos de nada. Tudo ainda é muito recente”, explicou. Ele também falou que a bancada do PT ainda não se reuniu para discutir se fará ou não oposição à novata.

O rearranjo na Câmara também passará pela escolha do novo líder do governo, cargo ocupado até então por Henrique Alexandria (PSDB). Abalado com o assassinato, ele declarou que pretende abrir mão da liderança e até renunciar ao mandato de vereador. “Se mataram o prefeito, não vão matar um vereador, que já foi ameaçado várias vezes? O meu plano é sair da cidade”, disse, em entrevista coletiva, concedida durante o enterro de Braz.

Se Anabel for cassada, a prefeitura será assumida por Júlio Eduardo de Lima (PT), que foi o segundo colocado na eleição de 2008.

Fonte-Webdiario

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