A Câmara Municipal de Jandira, na Grande São Paulo, arquivou nesta quarta-feira (25) o pedido de cassação da prefeita Anabel Sabatine (PSDB). Foram seis votos a favor e quatro contra. A sessão durou cerca de três horas e meia.
A prefeita foi investigada por quatro irregularidades: mandar estudantes para um parque ecológico antes de fazer a concorrência pública, usar mais de R$ 3 milhões da Educação e da Saúde para cobrir a folha de pagamento, morar fora da cidade que administra e contratar parentes de funcionários de confiança. Ela nega as irregularidades.
Fotos-Nilton Ramos
O trabalho da comissão processante, formada por três vereadores, começou em setembro para investigar as denúncias contra a prefeita. Para que a cassação do mandato ocorresse, eram necessários oito votos – a Câmara Municipal de Jandira tem 11 vereadores.
Anabel assumiu o cargo depois do assassinato do prefeito Braz Paschoalin, em dezembro de 2010.
Em 13 de setembro do ano passado, com base em uma denúncia de um morador, os vereadores afastaram a prefeita e determinaram que o presidente da Casa, Wesley Teixeira (PSB), tomasse posse.
Para iniciar suas atividades na Prefeitura no dia seguinte, Teixeira teve que chamar um chaveiro para abrir a porta do gabinete, que foi encontrado trancado. Depois de dois dias afastada, Anabel conseguiu um mandado de segurança e voltou a comandar a cidade.