Médica do Hospital Geral de Itapevi explica por que a vacina BCG é tão importante para os bebês

Imunização protege os pequenos da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que provoca a tuberculose
A cicatriz no braço e logo abaixo do ombro identifica: quem carrega essa marca tomou a vacina BCG. Ministrada logo no primeiro ano de vida, a BCG protege contra a tuberculose – doença contagiosa que afeta os pulmões e também os ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
De acordo com dados da Fiocruz, o número de casos de tuberculose, principalmente em crianças, é cada vez maior no Brasil e no mundo. Em 2020, mais de um milhão de crianças tiveram a doença em todo o planeta. Dessas, mais de 200 mil perderam a vida.
A Dra. Marisa Salgado, neonatologista do Hospital Geral de Itapevi (HGI), gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” – em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, reforça que a vacina é uma medida eficiente para proteger os pequenos da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que provoca a doença.
“A vacinação protege a população da disseminação da tuberculose e contra as formas graves da doença. Além da proteção individual, a vacinação em massa produz proteção coletiva, beneficiando as pessoas que não podem ser vacinadas. É de fácil aplicação, em dose única, gratuita e realizada no início da vida”, alerta a médica.
A BCG é parte do Programa Nacional de Imunizações, do SUS, e está disponível em Unidades Básicas de Saúde. É importante que a vacinação seja realizada o mais breve possível, preferencialmente ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
“No HGI, há um alto índice de vacinação, sendo aplicada em praticamente 100% dos pacientes e raramente os pais se recusam a receber a vacina. A recomendação atual é que a BCG seja aplicada na maternidade, antes da alta hospitalar, para, assim, assegurar a vacinação”, relata a doutora.
Por que a cicatriz? E preciso aplicar pomada ou algum remédio no local vacinado?
A médica explica que não é preciso fazer preparação especial para a vacina e fala sobre a cicatriz que fica após a aplicação. “Após a vacinação, é importante não colocar medicamentos ou curativos no local da cicatriz, pois isso é considerado uma resposta normal do corpo. A reação geralmente começa cerca de 3 a 4 semanas após a vacinação, apresentando uma mancha vermelha elevada no local da aplicação, que pode evoluir para uma pequena úlcera e produzir secreção até a cicatrização completa, que geralmente ocorre em um período de 6 a 12 semanas.
Todo mundo precisa tomar a BCG?
Existem contraindicações, como peso inferior a 2 kg, crianças imunodeficientes, desnutridas, com erupções cutâneas generalizadas, que tenham hipersensibilidade a algum ingrediente da vacina ou que realizam tratamento regular com corticoides. Nesses casos, a vacinação deve ser aplicada quando a saúde da criança se restabelecer, desde que isso aconteça até os 7 anos de idade.
Sobre o CEJAM
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
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