Comentário de Akdenis causa alvoroço em munícipes que assistiam à sessão do dia 21 de março

file-7254771Ele quase não aparece nas sessões da Câmara Municipal de Itapevi. E quando vem, ou entra e logo vai embora ou chega nos finalmente. Os motivos, é claro, não se sabe. Pode realmente estar trabalhando, como esbravejou na última sessão da Câmara, no dia 21. Mas de qualquer forma, como vereador, tem obrigações a cumprir uma vez por semana, apenas duas horas da terça-feira. E sua obrigação é estar presente nas sessões. Foi eleito. Tem que trabalhar para o povo, sim. Mas também tem que cumprir o protocolo, como fazem todos os outros vereadores. Ou os direitos não são iguais para todos?

Ao entrar todo esbaforido na sessão, faltando apenas alguns minutos para o encerramento, Akdenis Mohamad Kourani foi questionado por uma munícipe que semanalmente assiste às sessões na cidade e que não se conforma com a sua freqüente ausência. Ela sugeriu, inclusive, que se faça uma indicação solicitando a instalação de um relógio de ponto na Câmara, para ver se o vereador consegue cumprir horário. Ao que ele respondeu: “Alguém precisa trabalhar. Eu estava trabalhando, diferente de você, que não tem nada para fazer e está aqui agora.”

Ora, até onde se sabe, as sessões são abertas ao público e é por meio delas que os munícipes têm conhecimento de grande parte dos acontecimentos políticos de sua cidade. Participar de uma sessão legislativa é nada menos que demonstração de cidadania. Oxalá todos tivessem essa oportunidade ou esse interesse. Talvez haveria menos corruptos e menos charlatões metidos a políticos.

Infeliz em seu comentário, Akdenis foi mal interpretado por praticamente toda a galeria presente, que se sentiu ofendida com as palavras do vereador. “Não sou um vagabundo. Estou aqui porque é um direito meu. E ele deve prestar contas em público do que falou. Tem que se retratar”, disse o munícipe Cláudio da Silva Veríssimo.

origami-7616061“É um absurdo a gente sair de casa para vir prestigiar o trabalho dos nossos vereadores e ouvir tamanha aberração. Tamanha falta de respeito não pode passar impune. Merecemos um pedido de desculpas, no mínimo”, disse José Antônio de Souza.

“Já fui professora e hoje sou dona de casa. E faço questão de deixar meus afazeres sempre que posso para assistir às sessões desta Câmara. Mas hoje me senti muito diminuída e acho até que não volto mais. Mas bem feito para nós, que não aprendemos ainda a escolher melhor nossos representantes políticos”, afirmou Maria Ângela de Souza Andrade.

Akdenis trabalhando durante sessão

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