Foi concluída, nesta quarta-feira, 19, na antessala do auditório Antônio Branco da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, a audiência de instrução do processo de cassação do vereador Dr. Rogério (PCdoB). Essa fase do processo foi dividida em duas audiências, em razão da ausência de algumas testemunhas na primeira fase.
No dia 6 de abril passado, foi realizada a oitiva com o depoimento de 4 testemunhas de defesa indicadas pelo acusado; depôs o chefe de gabinete do próprio vereador, Daniel Ambrósio da Silva Júnior; os ex-vereadores Guilherme Correia e Chiquinho Miguel, além da testemunha Fábio das Garças, completando a oitiva naquele dia, que, com as ausências de outras 5 testemunhas, foi estipulado um novo prazo para ouvir os faltantes e garantir a total lisura e ampla defesa.
Na oitiva desta quarta-feira, somente o ex-vereador Agnaldo Moreno compareceu e depôs conforme intimação. A comissão processante, formada pelos vereadores, a presidente Sabrina Colela, o relator Ronaldo Santos e o membro Ângelo da Silva (novamente ausente nesta audiência), indeferiram o pedido de nova prorrogação para outra oitiva, sob a alegação de que já havia sido concedido um novo prazo para serem ouvidos e mesmo assim não compareceram.
Patrocinado
Nesta oitiva também seria interrogado o acusado vereador dr. Rogério, porém este se ausentou alegando problemas de saúde, o que só foi comunicado à Comissão Processante, momentos antes do início da audiência.
A comissão decidiu aguardar até 24 de abril a manifestação da defesa acerca das declarações sobre o caso, enviadas pelo Deputado Federal Orlando Silva, testemunha arrolada no processo, que não compareceu nas oitivas. A instrução processual se encerrará nesse prazo, iniciando então o período para alegações finais, previsto para o primeiro dia útil subsequente, já no início de maio. Após isso, a Comissão deverá elaborar um relatório final e submeter ao Plenário da Câmara, que poderá pedir a cassação do vereador.
Vale lembrar que o vereador Dr. Rogério foi denunciado pela munícipe Cátia de Paula Cristiani, sob a alegação de que o parlamentar teria viajado de férias para o litoral paulista utilizando-se de veículo de uso exclusivo da Câmara Municipal, o que não é permitido por Lei.