Gisele LozanoSegundo o professor Vitor, o evento serviu como uma espécie de “pedra-fundamental”, da entidade que começará a funcionar de fato dentro de 40 dias. “Estamos finalizando os detalhes para a inauguração. Em breve, a comunidade de Itapevi poderá contar com um espaço voltado para atividades sócio-educacionais destinadas não apenas aos negros mas a toda a sociedade do nosso município”, explicou.
A associação África/Brasilis também chamada de Afro/Brasilis ministrará aulas de espanhol, inglês e cidadania. Além dos cursos, a diretoria promete que a entidade participará ativamente do processo político e social da cidade, defendendo a integração igualitária dos afro-descendentes no contexto social, com oportunidades iguais a todos os cidadãos.
Para João Caramez, o lançamento da entidade não poderia acontecer num momento mais oportuno em Itapevi, onde, segundo ele, a comunidade negra vem sendo tratada com grande descaso pelo poder público local. “Esse descaso é flagrante quando observamos que a Câmara de Vereadores de Itapevi cria uma lei que reserva cotas para negros no concurso público municipal. A prefeita aprova, mas nada muda, já que ao realizar o concurso público ninguém se lembra de reservar as cotas”, afirmou o deputado, referindo-se ao lapso recente da prefeitura de não incluir no edital do concurso 01/2006, realizado em janeiro, a cota para negros, como determina lei 1768/06 promulgada pela prefeita Ruth Banholzer (sem partido).
Os interessados em saber mais sobre a entidade e seus cursos podem mandar um e-mail para [email protected], solicitando informações.
