Que saia justa, hein Evangelista?

Evangelista-7634591Depois de excluir de sua lista os ex-prefeitos Osmar de Souza e Silas de Oliveira, a acusação de corrupção e propina feita por Evangelista recai agora apenas sobre os ex-prefeitos João Caramez, Dalvani Caramez e Sérgio Montanheiro. Será que Evangelista tem mesmo provas contra eles? Ou tudo isso não passa de jogo político para promover uma campanha antecipada?

Depois de falar pelos cotovelos na sessão da Câmara da semana passada e depois de ofender os ex-prefeitos da cidade chamando a TODOS de corruptos e acusando-os de receber propina, o vereador Evangelista Azevedo Limas se viu em uma verdadeira saia justa na sessão da semana seguinte, quando foi interpelado pelos ex-prefeitos e ex-vereadores Silas Manoel de Oliveira e Osmar de Souza.

Ambos fizeram questão de usar a tribuna para se defender e deram a Evangelista a oportunidade de se desculpar. Mas o vereador, julgando-se cheio de razão, não teve a humildade de reconhecer seu erro.

Veja o que disseram os dois ex-prefeitos, na tribuna:

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Silas de Oliveira: “Nesta tribuna eu lutei contra a ditadura, a Sabesp, a Eletropaulo e a Fepasa. A essa tribuna todos nós devemos respeito. Nela é para se fazer justiça. Nela há que se ter um compromisso com a verdade.” E olhando para Evangelista, disse ainda: “Se alguém a utilizar para cometer algum erro, que tenha a dignidade de voltar e pedir desculpas a quem foi ofendido indevidamente. Por isso, Evangelista, se por acaso eu fui injustamente atacado, me peça desculpas. Isso não faz mal a ninguém. Não faz mesmo! E se eu cometi algum erro, aponte”, desafiou. E terminou seu discurso dizendo que não gostaria de continuar usando a tribuna para ainda falar sobre o assunto. Deixaria para uma próxima oportunidade.

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Osmar de Souza: “Senhores presentes, recebi um convite para vir aqui nessa Câmara, que é o berço da minha vida política. Respeito o poder legislativo e sei que a cidade não sobrevive se não tiver políticos compromissados com a justiça, com a verdade e com a solidariedade. Chegou ao meu conhecimento que nós, ex-prefeitos, fomos chamados de corruptos, ladrões e bandidos. Naquele momento, refleti, pensei em Deus e que sou cidadão itapeviense. Logo, concluí: ‘essa acusação não me atinge’. Por isso, meu amigo Evangelista, eu espero não estar na sua lista de políticos corruptos. Tenho certeza que você não me incluiu nela, mas, o que quis com a sua infeliz atitude foi somente apresentar uma candidatura. O que você teve foi um surto e eu tenho certeza que você não estava consciente do que falou. Porque usar a tribuna para chamar ex-prefeitos já falecidos e a mim que já estou a caminho da morte de corruptos, pelo amor de Deus…”
Osmar de Souza falou ainda em nome de Rubens Caramez e Romeu Manfrinato: “Quando pegamos este município para governar, aqui não tinha água, luz nem asfalto. O que tinha era uma boiada convivendo com a população dia e noite. Os vereadores não eram remunerados. Trabalhávamos por amor à esta cidade. Aí, Cotia nos deu 3.600 lotes no inferno que era o Parque Suburbano. Lutamos muito para que aqueles pobres moradores tivessem uma mínima infra-estrutura. Mas até hoje sofrem pelos mesmos problemas.”

Evangelista reafirma que chamou ex-prefeitos de corruptos

“Com a mesma coragem da semana passada, estou aqui hoje para dizer que não me referi ao Osmar de Souza nem ao Silas de Oliveira, a quem aliás, ajudei a se eleger em 1982 com o meu trabalho. Se eu pensasse que o senhores fossem corruptos, jamais teria me aproximado. Porque pessoas corruptas para mim não servem. Estou aqui para falar a verdade e se não fosse assim, nem candidato seria.”

E terminou o discurso dizendo: “Falei que são corruptos e falei mesmo! E se a carapuça serviu para alguém, temos nesta Câmara bastante instrumento para comprovar o que falo.”

Depois de excluir de sua lista os ex-prefeitos Osmar de Souza e Silas de Oliveira, a acusação de corrupção e propina feita por Evangelista recai agora apenas sobre os ex-prefeitos João Caramez, Dalvani Caramez e Sérgio Montanheiro. Será que Evangelista tem mesmo provas contra eles? Ou tudo isso não passa de jogo político para promover uma campanha antecipada. O
que pode virar também é um grande processo?

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