Patrulha da GCM acolhe mulheres vítimas de violência

Desde que começou a funcionar, a Patrulha Maria da Penha tem encontrado muitos desafios para combater a violência contra a mulher em Itapevi. Composta por dois agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Itapevi, a equipe é responsável por acolher e oferecer auxílio às mulheres vítimas de violência na cidade. Desde 18 de fevereiro de 2016, quando a patrulha começou a funcionar, mais de 200 casos graves foram registrados.

A patrulha é uma tentativa de enfrentar o problema por meio de acolhimento e suporte às mulheres. Segundo levantamentos preliminares da Delegacia de Defesa da Mulher de Itapevi, em 2016 foram registrados 1.287 boletins de ocorrência, e, em 2017, foram 495 até o dia 25 de abril.

Ao longo de todo o período, foram expedidas 256 medidas protetivas em casos de violência contra a mulher até este ano. A estimativa é de que, desde 2016, mais de 400 inquéritos tenham sido instaurados apenas relacionados à violência contra mulher.

“A mulher vítima de violência deve denunciar sempre o agressor para proteger-se. Deve procurar ajuda especializada na delegacia, que está pronta para ajudá-la. Haverá assistência por parte do poder público”, garante a GCM Magda Cristina Sanches de Souza, à frente da equipe desde o início das patrulhas.

A luta para combater a violência contra a mulher precisa começar pela confiança nas instituições, e é por isso que a Guarda Civil Municipal assegura a essas mulheres todo o apoio necessário. 

“Elas serão orientadas e protegidas pelos procedimentos judiciais e também por nós da GCM, que estamos na luta contra a violência”, assegura Magda. “As mulheres sentem-se confortáveis quando veem a Patrulha e também acreditam que podem vencer a luta contra a violência”, diz.

A maior parte de casos de violência contra a mulher, diz Magda, são provenientes de discussões entre casais em que o agressor apresenta sinais de uso de drogas ou álcool.

“Estamos sempre dispostos a saber se o agressor retornou à casa da vítima, se fez alguma ameaça, se elas precisam de alguma medicação ou de amparo social nas visitas pessoais ou por telefone”, afirma. “Encaminhamos algumas situações ao Centro de Referência da Mulher de Itapevi, que fazem as visitas com especialistas, como psicólogos e assistentes sociais”, relata Magda. 

“Em muitos momentos levamos a vítima para fazer curativos. Precisamos, muitas vezes, ir com a viatura para buscar documentos, roupas e pertences na casa da vítima, e até mesmo solicitar a saída de algum filho ou parente que também corra risco de morte”, diz a guarda civil.

Fruto de uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo, a equipe atua em regime de plantão na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município. A Patrulha Maria da Penha atua mediante decisões judiciais e por orientação da delegacia, que determina as formas de acompanhamento e ação junto às mulheres vítimas de violência no município.

A Delegacia de Defesa da Mulher fica na Avenida Presidente Vargas, 350, no bairro Vila Nova. O telefone é o 4141-2129. Em caso de violência, também é possível acionar a Polícia Militar pelo 190, ou a Guarda Civil Municipal de Itapevi pelo 199.

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