Mais um ex-secretário é preso suspeito de matar prefeito

Sergio1_1_de_1Sérgio Paraízo era da Secretaria de Governo do prefeito Braz Paschoalin que foi assassinado em dezembro com 11 tiros.

A polícia prendeu, no final da tarde de ontem, mais um acusado de envolvimento no assassinato do prefeito de Jandira, Braz Pascholin, ocorrido em 10 de dezembro.

Desta vez foi o advogado Sérgio Paraízo, que ocupou, durante os primeiros 7 meses da gestão Braz, o cargo de Secretário de Governo. A polícia não divulgou qual teria sido sua atuação no caso.

Com isso, já são dois membros do próprio governo suspeitos de terem participação no homicídio. O ex-secretário de Habitação Wanderley Lemes Aquino foi indiciado, sob acusação de ter sido o mandante do assassinato, e permanece preso desde 16 de dezembro. A diferença, em relação a Paraízo, é que ele ainda estava no cargo quando o prefeito foi assassinado e só foi exonerado depois que a polícia passou a investigar sua ligação com o caso.

Já Paraízo tem seu nome ligado a outro caso envolvendo morte em Jandira. Em 2008, ele se envolveu em uma briga e acabou acusado de agressão contra o ex-funcionário público Marcos Lemes Lopes, então presidente do diretório municipal do Partido Republicano Progressista (PRP) de Jandira, que morreu dois dias depois.

 

Lauro diz ter sido contratado por Aquino para matar Braz

 Lauro de Souza, de 38 anos, confessou em depoimento aos policiais do (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) que foi contratado pelo ex-secretário Wanderley Lemes de Aquino para comprar e dirigir o carro usado no crime do prefeito de Jandira Braz Paschoalin. 

Lauro contou que pagou R$5 mil pelo Focus e que, Aquino, exigiu que fosse um veículo quatro portas. O automóvel era roubado. No banco traseiro estavam ainda os dois homens também contratados para matar o prefeito.

Braz foi morto em frente a rádio Astral onde daria uma entrevista no dia 10 de dezembro por volta das 8 horas. Eles nem chegou a descer do carro em que estava, um Fiesta preto de propriedade do seu segurança. Quando parou em frente à emissora foi alvejado por 11 tiros de pistola e fuzil e morreu na hora. O Focus com os bandidos parou em frente ao carro onde estava Braz e dois homens encapuzados desceram e começaram a disparar.

Lauro viu o momento do crime pelo retrovisor do Focus. Em seguida deu fuga ao bandidos. As armas foram colocadas em um terceiro veículo. Ele disse que não chegou a receber pelo trabalho porque os comparsas não estavam no local combinado para o pagamento. Lauro disse que só confessou porque tem medo de morrer.

 

Quem está preso

Cristiano dos Santos e Felipe dos Santos

Foram detidos no dia 10 de dezembro, horas após o crime, na Estrada dos Pitas, divisa entre Jandira, Itapevi e Cotia, próximos a um Focus encharcado de gasolina, carro usado no atentado. Segundo a polícia, eles possuem antecedentes criminais e pertencem a uma facção criminosa.

Adilson Alves de Souza e Lazaro Faustino

Outros dois suspeitos que também foram presos no mesmo dia do crime, com vestígios de pólvora na mãos. A dupla estava escondida em um sítio da região de Jandira. Eles foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Segundo a polícia, eles possuem antecedentes criminais e pertencem a uma facção criminosa.

Wanderley Lemes de Aquino

Ex-secretário da Habitação de Jandira e ex-vereador. Ele foi preso no dia 16 de dezembro, após a polícia cumprir um mandado judicial. Ele é suspeito de ter praticado crimes contra a administração pública e de, possivelmente, ser o mandante da morte do prefeito Braz Paschoalin. A polícia chegou a investigar a possibilidade do filho de Aquino, que está preso há 4 anos e 3 meses, ter envolvimento com os suspeitos que foram detidos no dia do crime.

Pedro Roberto Galvão

O vulgo Bolinho é empresário do ramo de sinalização de trânsito. Ele prestava serviços para a prefeitura de Jandira e estaria envolvido em desvios de dinheiro em um esquema feito com a parceira do ex-secretário Wanderley Lemes de Aquino. Pedro foi detido no dia 20 de dezembro.

Lauro de Souza

Estelionatário conhecido em Jandira teve a prisão temporária decretada pela Justiça, no dia 23 de dezembro. Em depoimento à polícia, ele revelou que dirigiu um dos carros que foram usados na fuga dos suspeitos que efetuaram os disparos contra o carro do prefeito Braz Paschoalin.

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