História da Romaria de Itapevi

Como nasceu a Romaria? Por que muitos participam desta peregrinação? A romaria é um evento religioso?  Esta e muitas outras dúvidas, você pode conferir com a verdadeira história da Romaria de Itapevi a Pirapora.

 

Em 1964, no período em que as cantigas caipiras eram tocadas como hinos e o principal transporte eram os cavalos e charretes, o saudoso sr. Hermes Gonçalves, que morava no Jardim Mirassol, teve em sua família um caso grave de saúde.

O itapeviense, que era alto, forte e muito católico, logo fez uma promessa para que seu parente fosse curado da doença e como agradecimento, ele ia à Pirapora do Bom Jesus à Cavalo durante 7 anos.

Com muita fé, logo seu pedido foi atendido e sua graça foi alcançada. E no dia 16 de Maio, às 7 horas da manhã, em frente a igreja São Judas Tadeu, estava o sr. Hermes, o amigo inseparável Milton Ângelo Quaglio, alguns integrantes das famílias tradicionais de Itapevi (Abreu, Challupe, Pesoni e  Nunes) e alguns amigos de Cotia.

No total eram 28 romeiros, que receberam a benção do padre Romeo Mecca e então promoveram a primeira Romaria de Itapevi a Pirapora.

A promesa do sr. Hermes foi cumprida, e no final da sétima Romaria de Itapevi, o fundador entregou a bandeira ao padre da época e se afastou da peregrinação. Seu amigo Milton Ângelo assume então o cargo de presidente, organizando a Romaria até a 25ª edição.

As romarias de 25ª até a 28ª edição fora composta por Hélio Alves “Abobrão” como presidente, além de parentes e amigos dos antigos participantes que integraram os membros da comissão de romeiros.

A 29ª edição da Romaria ganhou uma maior organização tendo então um presidente eleito por uma comissão, o cavaleiro Samil Challupe. O mesmo implantou desde então um estatuto e oficializou o agora nomeado “Associação de Romeiros de Itapevi à Bom Jesus de Pirapora Milton Ângelo Quaglio“.

46 edições depois da criação da Romaria, ainda existem reminiscentes das primeiras romarias, deixando uma verdadeira História Viva. Caso dos irmãos Adilson e Davilson de Abreu, ambos com respectivamente 43 e 44 participações. Davilson foi um dos 28 cavaleiros da primeira romaria, em 1964, que desabafa: “Hoje fica a lição, já participei pelo menos de 44 romarias e não consigo ficar sem participar. Eu cresci com a peregrinação e ela acompanha toda a minha vida.” Adilson, o mais novo, não participou da primeira, mas lembra bem: “A lembrança que tenho da primeira é que chorei muito querendo ir, mas como eu era muito pequeno, tive que ficar em casa”.

Devido ao crescimento meteórico da Romaria de Itapevi à Pirapora do Bom Jesus, este ano é esperado aproximadamente 2.500 romeiros, dentre então cavaleiros, charretieros, ciclistas, motociclistas e pedestres. No entanto para esta edição, o principal objetivo da Comissão da Romaria é melhorar a religiosidade dos romeiros, uma vez que uma parcela dos participantes participam sem entender a origem desta peregrinação.

Para conhecer um pouco mais desta história, você confere a galeria com a linha do tempo e participantes das peregrinações.

 

Agradecimentos:

Associação de Romeiros de Itapevi – pelas informações e fotos cedidas para este especial.

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