Goldman diz que Paulo Preto é problema da Polícia Federal e não do Estado

Goldmam2O governador Alberto Goldman (PSDB) recusou falar sobre as recentes denúncias de irregularidades e superfaturamento em obras executadas pelo governo do Estado, sob comando do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto.

Durante visita ao município de Cotia, para assinatura da renovação do contrato de concessão entre a Sabesp e a prefeitura, Goldman foi questionado pelo Diário da Região sobre os supostos crimes cometidos pelo braço direito do ex-governador José Serra (PSDB), e respondeu que não abordaria o tema.

“Eu não tenho que me posicionar sobre isso. Ele é um cidadão como qualquer outro, está sendo investigado pela Polícia Federal desde o ano passado”, declarou. Para o governador, por ter se desligado da empresa, Paulo Preto “não tem nenhuma relação” com o governo, embora tenha sido diretor da estatal e possua ligação estreita com o tucanato, desde a época em que participou do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como assessor especial da Presidência. “Ele não é funcionário público e eu não tenho nenhuma obrigação de me posicionar sobre isso”, desconversou.

Paulo Preto é investigado por tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa. Ele foi o responsável pela medição e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho Sul do Rodoanel, pela expansão da avenida Jacu-Pêssego e pela reforma na Marginal Tietê. O ex-diretor teria coordenado obras com o total de 79 irregularidades.

Quando o escândalo veio à tona, na semana passada, o ex-governador José Serra negou conhecê-lo e, depois, atribuiu o episódio à suposta confusão que teria feito entre o apelido do aliado e seu nome real.

 

Rodoanel

Dentre as obras com suspeita de desvio de verbas e irregularidades na construção está o trecho Sul do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões e é alvo de denúncias do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público.

O PT afirma que a obra teve seu processo de construção acelerado para uso na campanha eleitoral. Pelo projeto básico, por exemplo, deveriam ser usadas fundações de concreto para sustentar os vãos livres dos viadutos, mas os construtores trocaram o material por 2 mil vigas pré-moldadas, que são mais baratas (como as que desabaram sobre a rodovia Régis Bittencourt, em novembro de 2009).

O trecho não conta com barreiras e acessos adequados, e também faltam sinalização, câmeras de monitoramento, telefones de emergência e sistema de drenagem.

 

Fuga com R$ 4 mi

Além dessas denúncias, o ex-aliado de Serra é acusado por, supostamente, ter captado de forma ilegal e ter fugido com R$ 4 milhões em doações destinadas à campanha do presidenciável tucano.

Fonte- WebDiario

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