Funcionários da saúde reivindicam direitos e ameaçam greve

Foto-Sonia Marques/CTD
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Fonte – Cotia Todo Dia

Depois da Guarda Civil agora é a vez dos funcionários de
enfermagem da saúde de Cotia lutarem por melhores condições de trabalho e salário. A movimentação dos funcionários já dura cerca de 3 meses mas só agora resolveram tornar pública a situação da categoria, já que não foram atendidos e se sentem desprezados e desrespeitados pela administração.
O boletim informativo distribuído aos funcionários destaca os principais pontos de reivindicação da categoria: aumento salarial, fornecimento de vale-transporte, fornecimento de vale-alimentação ou cesta básica, elevação do número de folgas, contratação de novos funcionários e folgas mensais para os enfermeiros que trabalham como horistas.

Segundo o técnico de enfermagem Egídio, do posto de saúde do Parque São George, um dos integrantes da comissão de representação dos funcionários, cerca de 400 pessoas aderiram ao movimento, o que representa 80% da categoria. Outras categorias também resolveram participar: dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e auxiliares de consultórios dentários.

O assunto foi tema da audiência pública da secretaria de Saúde na manhã desta terça-feira(24) e um panfleto distribuído pelo vereador Toninho Kalunga (PT), que apóia o movimento dos enfermeiros, deixou secretário e vereadores da bancada governista com ânimos exaltados.

Segundo Egídio, Cotia tem o menor salário da região e ele não aceita a justificativa de que o orçamento da cidade não permite o aumento. “Muitos municípios com arrecadação menor paga salários melhores à categoria”. Ele cita como exemplo a cidade de Louveira, entre Vinhedo e Campinas, no interior de São Paulo, que anuncia concurso público para técnico de enfermagem com salário de R$ 1.790,00 quando em Cotia, o mesmo profissional recebe R$ 735,00 e um auxiliar de enfermagem, R$ 516,00.

A comissão espera ser atendida nesta quinta-feira(26) pelo secretário de saúde, Fábio Cardoso de Melo e pelo Prefeito Quinzinho Pedroso. “Queremos que eles venham com uma proposta concreta, oficializada e com prazos definidos para cumpri-la”, diz o enfermeiro. “Caso nossas reivindicações não sejam atendidas, estamos dispostos a iniciar uma paralisação por tempo indeterminado a partir de sexta-feira”, completa. Segundo Egídio, o movimento tem o apoio do Coren – Conselho Regional de Enfermagem – e receberão todo o respaldo legal caso precisem chegar às vias de fato. Se a paralisação acontecer, Egídio lembra que cabe à Promotoria de Justiça definir o mínimo de funcionários que deverão permanecer nas unidades de saúde para o atendimento emergencial à população.

O secretário de Saúde de Cotia o médico Fábio César Cardoso de Mello, por intermédio da assessoria de imprensa diz que descarta a possibilidade de greve, que na última reunião o assunto foi bem encaminhado e que nesta sexta-feira devem chegar a um consenso.

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