EPIDEMIA DE DENGUE APAVORA MORADORES DO PARQUE SUBURBANO

Dengue-7703961Segunda-feira, dia 31, foi um dia de desespero para dezenas de moradores do Parque Suburbano. Com dificuldade para receber atendimento médico em Itapevi, munícipes chamaram o Itapevi Notícias para acompanhar a árdua batalha da comunidade local em busca de atendimento médico. A reportagem esteve no bairro e conversou com a população local que revelou estar apavorada com a epidemia de dengue que atinge a localidade, com a falta atuação dos agentes de combate à dengue e também com a má qualidade do serviço médico prestado na cidade.

“Sou morador do Parque Suburbano desde 1983 e estou revoltado porque ninguém vem ao bairro ver o que está acontecendo, todo mundo está com dengue e não aparece ninguém para nos ajudar. Precisamos de apoio, meu filho está com dengue e desde ontem está internado no pronto-socorro”, afirmou o munícipe Nivaldo Guimarães Souza.

Dengue2-7187891De acordo com Vânia Machado, outra moradora do bairro, o descaso contribui para a ocorrência de mais casos de dengue na região. “Estamos passando por uma epidemia. Eu fui picada e fiquei doente e muitos outros também, mas ninguém tomou providência”, explicou. Falando sobre a atuação dos agentes municipais de combate à dengue, Machado afirmou que não recebeu a visita da prefeitura. “Em minha casa ninguém bateu. Até o esgoto há muito tempo está correndo a céu aberto e ninguém toma providência.”

Após ouvir os depoimentos dos moradores do Parque Suburbano, no final do dia, o Itapevi Notícias seguiu para o Pronto-socorro Central de Itapevi para checar os casos de dengue e qual tipo de atendimento médico estavam prestando à população. Surpreendentemente, a reportagem se deparou com uma fila gigantesca e várias pessoas com os sintomas da dengue.

Dengue3-7077521Sobre o atendimento médico prestado no pronto-socorro a jovem Pâmela Alves da Silva, 18 anos, disse que foi mal atendida. “Há duas semanas, quando estava com dengue, estive neste pronto-socorro e me deixaram roxa, com hematomas”, citou.

Segundo Silva, na primeira vez em que esteve no Pronto-socorro, o médico não deu atenção aos sintomas e a mandou de volta para casa. “Eu disse ao médico que estava com dores e ele falou que era uma virose e me mandou para casa. Voltei, mas fiquei de cama, não comia, só bebia água, emagreci 5 quilos. Então voltei ao pronto-socorro, o médico, que falava enrolado, acho que é boliviano, disse novamente que eu estava com virose, eu falei que estava com dengue.”

Somente nesta segunda consulta, após mostrar o seu corpo todo manchado e vermelho e insistir com o médico, Pâmela conseguiu a autorização para fazer os exames. Resultado: dengue. “Quando vi o resultado do exame, minhas plaquetas estavam muito baixas, quase tive dengue hemorrágica. Se eu não tivesse voltado, se tivesse confiado na primeira consulta, se eu fosse pela palavra do médico eu teria morrido”, concluiu.

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